Soft skills que a inteligência artifical não consegue substituir
Trabalho

7 Soft skills que a inteligência artificial não consegue substituir

22 de Novembro, 2023

A inteligência artificial tem registado, nos últimos meses, uma evolução sem precedentes. Os avanços tecnológicos verificados, em particular no que diz respeito à IA generativa (inteligência artificial que tem a capacidade de criar novas ideias, conteúdos e recursos), abrem portas à transformação de inúmeros setores de atividade.

De acordo com um estudo da Goldman Sachs, a inteligência artificial pode contribuir para aumentar o PIB global em 7% e a produtividade em 1,5 pontos percentuais num período de 10 anos.

Estas possibilidades trazidas pelos desenvolvimentos da inteligência artificial têm levantado várias questões relacionadas com o mercado de trabalho: se muitas tarefas podem passar a ser desempenhadas através de IA, isso significa que as máquinas vão substituir os profissionais de carne e osso?

A verdade é que, ao simplificar e automatizar diversas tarefas, a inteligência artificial não irá necessariamente eliminar o trabalho humano, mas sim transformá-lo. Os profissionais serão desafiados a reinventar a forma como trabalham e serão mais valorizados pelas suas soft skills – competências interpessoais e socioemocionais -, que a inteligência artificial não consegue replicar.

Descubra connosco sete soft skills que a inteligência artificial não consegue substituir.

1 – Sentido crítico

As máquinas têm uma grande capacidade de analisar dados, mas não têm qualquer capacidade de avaliar esses dados com sentido crítico nem de retirar conclusões complexas dessa avaliação.

O pensamento crítico continuará a ser uma competência muito valorizada nos profissionais, pois permite analisar problemas de diferentes perspetivas, considerar experiências passadas e antecipar os impactos de determinadas decisões.

2 – Capacidade de resolução de problemas

Nenhum robot ou algoritmo pode ser equiparado à capacidade humana de pensar “fora da caixa” ou de resolver problemas complexos.

Embora a inteligência artificial consiga analisar dados e encontrar soluções baseadas nesses dados, o mesmo não acontece em problemas mais complexos, que tenham de considerar outras variáveis ou exijam soluções mais criativas.

3 – Inteligência emocional

A inteligência emocional é outra competência que a inteligência artificial não consegue substituir: identificar e compreender emoções é algo que não está ao alcance das máquinas.

Esta soft skill é fundamental em profissões que envolvam o contacto com outras pessoas – como o ensino, as vendas, a medicina, entre muitas outras – e a conexão emocional exigida por estas posições é algo que a IA não consegue alcançar.

4 – Empatia

Tal como a inteligência emocional, também a empatia é uma capacidade humana que a tecnologia não consegue replicar. E também esta é uma competência fundamental e altamente valorizada em muitos contextos profissionais (e, obviamente, na nossa vida de maneira mais geral).

Pessoas empáticas contribuem para um ambiente de trabalho mais compreensivo, tolerante e inclusivo.

5 – Tomadas de decisão éticas

Esta é uma questão crítica quando se fala de inteligência artificial. Ao contrário das pessoas, as máquinas têm dificuldade em pesar as diferentes variáveis inerentes a um determinado dilema e em tomar uma decisão justa.

A ética, a moralidade e a autoconsciência são características associadas aos humanos e que são determinantes em muitas tomadas de decisão, quer seja no plano pessoal ou profissional.

6 – Criatividade e originalidade

Este pode ser um tema ambíguo: como a inteligência artificial generativa tem a capacidade de criar coisas novas, podemos considerar que existe criatividade envolvida. No entanto, mesmo quando são usadas ferramentas de machine learning, a IA não deixa de ser programada e, de alguma forma, previsível.

Por oposição, a criatividade está associada a espontaneidade, imaginação e inspiração. E estas características são, e serão, cada vez mais procuradas nos profissionais, que devem estar abertos à utilização das novas tecnologias e usá-las para potenciar ainda mais a sua criatividade e originalidade.

7 – Outras competências interpessoais

Existem outras competências interpessoais que a inteligência artificial não consegue substituir. É o caso da escuta ativa, do respeito ou da generosidade, por exemplo.  

Adicionalmente, e embora as máquinas estejam cada vez mais evoluídas a ouvir e a formular um discurso, há um conjunto de competências relacionadas com a comunicação não verbal que ainda são exclusivas dos humanos.


Em suma, a velocidade à qual a tecnologia está a evoluir pode – e vai – colocar grandes desafios aos profissionais. Mas serão, sobretudo, desafios ao nível da adaptação e da colaboração.

A questão não é tanto sobre as tarefas e as competências que a inteligência artificial pode substituir, mas mais sobre como os profissionais podem aperfeiçoar as soft skills que lhes permitirão tirar partido de todas estas potencialidades emergentes.