Liderança feminina continua longe da paridade desejada na Europa
26 de Janeiro, 2022
Jornal de Negócios
Filipa Martins é atualmente a CEO da Edenred Portugal, uma multinacional francesa com presença
em 46 países, estando entre a ínfima percentagem de mulheres que lideram empresas na Europa.
Começou a carreira como consultora na A.T.Kearney e passou posteriormente 16 anos no portal
SAPO, de onde acabou por sair como diretora-geral para o desafio que agora abraça. A CEO conta-nos
que no seu percurso, tanto académico como profissional, nunca se sentiu discriminada por ser
mulher. Porém, reconhece a questão da maternidade como o ponto de desequilíbrio em Portugal. “O
ponto que considero verdadeiramente desacelerador das carreiras femininas em Portugal é a fase da
maternidade. Sobretudo porque, aqui sim, se sente o desequilíbrio real de oportunidades, não só
para as mulheres como para as entidades empregadoras. É imperativo igualar, com regime de
obrigatoriedade, os períodos de licença de maternidade e paternidade, para que realmente seja
indiferente para o empregador contratar homens ou mulheres”, explica ao Negócios.